Rácios de Gestão Empresas

Os Rácios são indicadores que dão aos empresários e outros interessados, informação sobre o desempenho e evolução dos negócios.

Os rácios estabelecem relações entre as contas das demonstrações financeiras, Balanço e Demonstração de Resultados, para quantificar factos, detectar anomalias, e fazer comparações no tempo.

Existem inúmeros rácios que podem ser aplicados às empresas, no entanto os mais usuais são os rácios económicos e os rácios financeiros, de grande utilidade no controlo de gestão, na quantificação e estimativas de riscos nos negócios, na concessão e análise de créditos.

Das entidades externas às empresas, os bancos são as que mais analisam rácios, mas também entidades estatais como o caso do IAPMEI  para certificação de PME Líder.

Os rácios permitem analisar a evolução e o desempenho financeiro de uma empresa em diferentes perspectivas, desta forma deverão existir alguns cuidados, tais como:

  • Deverão sempre ser analisados em conjunto com outros rácios e rubricas;
  • Ter em conta o tipo de empresa e o sector de actividade da empresa em análise.

Rácios Económicos

Pretendem analisar acontecimentos do foro económico, estrutural e sua evolução no tempo.

Rácio da Rendibilidade das vendas – Esta relação entre o resultado líquido e as vendas do período em análise, mostra-nos o lucro obtido por cada unidade monetária vendida. Interessa também comparar o resultado obtido com os capitais investidos que lhes deu origem.

Rácio da Rendibilidade das Vendas

Rácio da Rendibilidade dos Capitais Próprios – Este rácio permite ao investidor concluir se a rendibilidade do capital investido está ao nível expectável do investidor e comparar com as alternativas existentes no mercado.

Rácio da Rendibilidade dos Capitais Próprios

Prazo Médio de Recebimentos – Esta relação mostra-nos o tempo médio necessário para receber dos clientes. Este indicador deverá ser inferior ao prazo médio de pagamentos para equilíbrio da tesouraria. Um rácio alto é em termos financeiros desfavorável, mostrando ineficiência nas cobranças ou falta de poder negocial com os seus clientes. Este rácio deverá ser comparado com os rácios da concorrência.

Prazo Médio de Recebimentos

Prazo Médio de Pagamentos – Esta relação mostra-nos o tempo médio utilizado pela empresa para pagar aos seus fornecedores. Um valor baixo deste indicador pode querer dizer que a empresa tem fraco poder negocial perante os fornecedores. Por outro lado um valor demasiado alto pode querer dizer que a empresa está com dificuldades em cumprir as suas obrigações. Este rácio deverá ser comparado com os rácios da concorrência.

Prazo Médio de Pagamentos

Prazo Médio de Stocks – É um rácio que mostra o tempo médio de stockagem dos produtos, quanto menor é este indicador maior é a rotatividade do stock, e deverá ser um objectivo de gestão a redução de permanência de stocks, tempo é dinheiro.

Prazo Médio de Stocks

Rácios Financeiros

Pretendem revelar informação que se relaciona exclusivamente com aspectos financeiros, por exemplo analisar a capacidade de endividamento, a solvabilidade da empresa entre outros.

Rácio de Endividamento – É um rácio muito utilizado para a análise de crédito e no Crédito Consolidado, pois compara o nível de dívida que a empresa contraiu para financiamento da sua actividade, ou nos casos de particulares o valor de dívida com os rendimentos obtidos. Um rácio demasiado alto pode inviabilizar pedidos de financiamento bancário ou Consolidação de Créditos, uma vez que o risco é maior.

Rácio de Endividamento

Rácio de Recuperação de Dívida – Este rácio muito utilizado pelos analistas de crédito, é uma estimativa do tempo necessário para a empresa poder pagar as suas dívidas. O Auto-financiamento é a soma dos resultados líquidos com as amortizações e provisões.

Rácio de Recuperação de Dívida

Rácio de Liquidez Geral – É um rácio utilizado na concessão de Créditos de Curto Prazo, sendo o activo circulante o que a empresa transforma no prazo inferior a um ano em dinheiro, e o passivo circulante o que a empresa tem de pagar nesse mesmo período. Pode-se dizer que a empresa está em equilíbrio financeiro de Liquidez quando este rácio é superior a 1, ou seja o valor pago é inferior ao valor recebido.

Rácio de Liquidez Geral

Rácio de Solvabilidade – Este rácio apresenta a capacidade da empresa em solver as suas dívidas. Um valor superior a 1 significa que o património da empresa é suficiente para cobrir todas as suas dívidas, por outro lado um valor inferior a 1 significa que a empresa não tem meios próprios para satisfazer toda a sua dívida.

Rácio de Solvabilidade

Rácio de Autonomia Financeira – Este rácio expressa a participação do capital próprio no financiamento da empresa, pode-se dizer que um valor inferior a ⅓ significa uma dependência excessiva de capitais alheios, por outro lado valores superiores a ⅓ representa um bom grau de autonomia financeira.

Rácio de Autonomia Financeira

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6 Responses

  1. FERNANDES diz:

    É excelente a materia ilustrada.quero partilhar com voês sobre o assunto

  2. joão de Almeida diz:

    Bom dia.
    preciso da vossa ajuda, preciso de contiúdos sobre os racios de liquidez imediata, reduzida e o racio de rendibilidade do activo

  3. João diz:

    Boa tarde,

    No rácio de PMR, o total de vendas com IVA é referente aos últimos 12 meses ou só das vendas do próprio mês?
    Ou seja, a formula deve ser: Saldo dos clientes (final do mês)/ Vendas do mês ou dos últimos 12 meses?

    Obrigado

  4. Luisa Santos diz:

    Empresa com prejuízos pode se calcular Racios de Rendabilidde das vendas e outros racios

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